O trabalho deste artista deambula entre a homenagem e o jogo. Ele parte de um trabalho de seleção a partir do universo de imagens de referência já existente e (re)trata os modelos escolhidos, (re)criando-os.
Vik Muniz trabalha o retrato recorrendo ao reaproveitamento de materiais inusitados do quotidiano: geleia, açúcar, algodão, chocolate, lixo, terra, entre outros. Nos seus retratos, estes materiais adquirem novos significados e novos sentidos.
Antes de serem fotografados, os retratos de Vik Muniz têm a mão do artista que os elabora.
O artista desconstrói imagens já existentes.
Com a realização da fotografia, ele atesta a presença do retratado no novo retrato que criou. Trata-se, no entanto, de uma ilusão uma vez que o modelo que originou estes retratos não posou para o artista e era, já ele, uma duplicação do indivíduo.
Double Mona Lisa, after
Warhol (Peanut Butter + Jelly), 1999
Chuck, Pictures of Colors, 2001
Edson (Pele), Pictures of Magazines, 2003
Fernando Pessoa, 2007
Álvaro Siza, 2007
Website do artista: aqui.
Fonte das imagens e bibliografia do texto:
OLIVARES, R. (2006). Vik Muniz:
Jugando con el Arte. In EXIT A. 5, n. 21 (Feb./Abril 2006). (pp. 120-131). Madrid:
Olivares y Asociados.
MARTIN, L. A. (ed.). (2005). Reflex:
A Vik Muniz primer. New York: Aperture Foundation.
MUNIZ, V. [et. al].
(2007). Vik Muniz: A terra e a Gente.
Coimbra: Centro de Artes Visuais.
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